Passagem de fármacos pela membrana

O termo absorção significa que a droga saiu do seu local de administração e chegou até a corrente sanguínea, ou seja, “é a passagem da droga ou fármaco, do seu local de administração para a corrente sanguínea e/ou linfática” (figura ); com exceção da via intravenosa, todas as demais vias de administração podem propiciar absorção de fármacos, isto porque no caso daquela via, o fármaco está sendo administrado diretamente na corrente sanguínea e, portanto, será pulada a etapa de absorção.

Para que o fármaco possa transpor a membrana celular que compõem as células epiteliais da pele, do intestino, dos alvéolos pulmonares, das córneas, das mucosas e até mesmo dos vasos sanguíneos, será necessário um ou mais dos seguintes processos:

a) Difusão passiva;
b) Filtração;
c) Fluxo de massa;
d) Transporte ativo;
e) Transpore facilitado;
f) Endocitose

Representação de processos utilizados para a absorção dos medicamentos.

A.Difusão passiva

A maioria dos fármacos atravessam as membranas por difusão passiva, desde que este esteja no seu estado não ionizado (não carregado eletricamente). A velocidade deste fenômeno é dependente do coeficiente de partição lipídio-água, mais do que da lipossolubilidade do fármaco.
EX:
O anticonvulsivante fenobarbital, que se encontra quase que totalmente na forma não ionizada quando em pH fisiológico, deveria ser capaz de passar por todas as membranas de forma facilitada. No entanto, isto não ocorre na prática, seu coeficiente de partição lipídio-água é baixo a ponto de dificultar sua passagem pelas membranas celulares, desta forma o fármaco é mais lentamente absorvido. Este fator pode explicar o porque este medicamento possui um tempo de latência (tempo necessário para que o fármaco atinja a concentração plasmática mínima necessária para promover o efeito terapêutico) maior quando comparado a outros anticonvulsivantes.

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