A telomerase é uma enzima que adiciona uma repetição de DNA nos telômeros e, desse modo, restaura a capacidade de multiplicação celular e retarda o envelhecimento dos tecidos. Durante o desenvolvimento, a função da telomerase declina e os telômeros se encurtam, e, após centenas de divisões celulares, as pontas dos cromossomos ficarão danificadas, podendo os genes situados próximos aos telômeros serem deletados. A senescência celular – que se caracteriza pela perda da capacidade das células normais se dividirem – pode ser uma manifestação de perda da telomerase (QUAGLIATO, 2006).
Figura 2: Diferenças em relação aos telômeros na célula jovem e na célula senil. Fonte: http://www.medicinageriatrica.com.br/2006/
12/28/teorias-do-envelhecimento-celular/.
A teoria imunológica consiste no declínio da função imune com o envelhecimento, ou seja, a diminuição da imunidade inata e da imunidade adquirida, o que resulta em infecções e patologias autoimunes mais frequentes.
Diversos fatores contribuem para o envelhecimento do sistema imunológico, entre eles a degeneração do DNA em razão do acúmulo de radicais livres, o próprio encurtamento dos telômeros, como já citado, a senescência das células do sistema imune, o comprometimento da diferenciação das células hematopoiéticas para a formação de toda a série branca, a involução do timo, o que compromete a maturação dos linfócitos T, o comprometimento da produção de anticorpos, além das alterações em componentes da imunidade inata, como a descontinuidade do epitélio dos tratos respiratório e gastrointestinais.
De forma sucinta, porém não menos importante, estão as teorias da regulação gênica e a neuroendócrina. A teoria da regulação gênica baseia-se no fato de que o envelhecimento é causado por alterações, como mutações, nos genes envolvidos tanto no desenvolvimento quanto no envelhecimento. Já a teoria neuroendócrina consiste na alteração na produção de diferentes hormônios, que por sua vez atuam na regulação da homeostasia, o que resulta em diversas alterações fisiológicas nos sistemas orgânicos, que são observadas no envelhecimento e que serão exemplificadas nos próximos capítulos.
As diversas teorias biológicas explicam algumas das características do envelhecimento, entretanto, existem ainda vários outros mecanismos envolvidos que não são completamente conhecidos, o que só retrata a complexidade etiológica deste fenômeno.