Parte 3 de 18

Farmacoterapia no Diabetes

Proporcionalmente, temos desde aquela um início de ação mais rápido com tempo de meia-vida menor, até esta um início de ação mais lento com tempo de meia-vida maior. Este fato é interessante para o raciocínio da farmacoterapia a ser definida e estabelecida, pois quando se deseja a manutenção dos níveis glicêmicos ao longo do dia, pode-se pensar em uma insulina de ação lenta; porém, se o objetivo é reduzir mais ainda os níveis glicêmicos, devido ao considerável aumento da glicemia (como no estado pós-prandial), pode-se administrar uma insulina de ação curta ou ultra-curta.

Saber monitorizar bem os níveis glicêmicos, correlacionando com a alimentação e utilização de insulina é a principal chave para designar a farmacoterapia adequada. Com o bom manejo da administração de insulinas, considerando o início de ação e o tempo de meia-vida, é apropriado dizer que o paciente insulino-dependente não precisa se privar de alimentos que causem hiperglicemia, basta apenas dosá-los no cotidiano, ou melhor, comer com moderação.

Figura 1. Demonstra a regulação do metabolismo de glicose no fígado. Insulina estimula a utilização e armazenamento de glicose como glicogênio e inibe a síntese dessa hexose e sua liberação, assim como estimula a expressão de genes da via glicolítica enquanto inibe a codificação daqueles que codificam enzimas da via da gliconeogênese. Além disto, também estimula a síntese de glicogênio através da inibição da GSK3 e proteína fosfatase 1 (CARVALHEIRA, ZECCHIN, SAAD, 2002).

Fonte: CARVALHEIRA, J.B.C.; ZECCHIN, H.G.; SAAD, M.J.A.. Vias de Sinalização da Insulina.Arq Bras Endocrinol Metab [online]. 2002, vol.46, n.4, pp. 419-425.